E, sendo por divina revelação avisados num sonho para que não voltassem para junto de Herodes, partiram para a sua terra por outro caminho. Mateus 2:12
Outro caminho, outra rota, novas estratégias, alteração de planos. Será que estamos dispostos a alterar planos?
Geralmente falamos: “em time que está ganhando não se mexe”. Criamos métodos e caminhos que nos estabilizam e criam rotinas para nosso bem estar.
No entanto, às vezes, precisamos readequar, reavaliar o mapa e tomar novos rumos. Nem que sejam mais morosos e complicados.
Nossas experiências trazem novas necessidades. Nossos sonhos nos instigam a refazer a rota, alterar a equipe da caminhada e não passar por Jerusalém.
Jerusalém, naquele momento representava um perigo, o local onde o inimigo morava (Herodes, que se tornou um assassino de milhares de crianças).
Na cidade do Rei Davi, estava Herodes. Ele era amante do mal e intencionava deter o cumprimento da promessa de Deus. Quiçá temeroso em perder o poder político ou até o seu status.
José e Maria não tinham guarda-costas, tampouco uma estrutura que impedisse o ataque de Herodes. Não tinham conhecidos famosos e nem dinheiro. Mas, tinham o que o mundo esperava: Jesus havia sido concebido em Maria, e José – um homem íntegro e obediente a Deus – cumpria sua obrigação de pai de Jesus homem e esposo de Maria.
Os magos vieram de longe para ver Jesus, guiados pela estrela chegaram onde o Mestre repousava. Em sua vinda, encontraram-se com Herodes e foram aconselhados por ele a voltar pelo mesmo caminho e o informar acerca da localização da pequena família.
Porém, Deus os visitou em sonho e os advertiu que não voltassem pela mesma estrada, e assim obedeceram.
A estrela e a visão do Salvador
Os magos viram Jesus, haviam seguido a estrela e chegaram ao local onde o bebê dormia. Entregaram os presentes e louvaram ao Senhor. O ato de adoração e o testemunho de que finalmente o Salvador chegara, não deixaram dúvidas e foi o suficiente para não atenderem ao que Herodes havia lhes falado. Sem desejar privilégios pessoais ou políticos, não temeram ao Rei e obedeceram a Deus! Foram por outro caminho.
Novo desafio
Agora o desafio era seguir novos rumos: Desviar de Jerusalém e evitar o perigo. Essa era a mensagem – há outros caminhos. É preciso estar disposto a obedecer e a fugir do confronto com Herodes. Talvez o novo caminho fosse desconhecido e gerasse insegurança, mas o melhor é obedecer! O bebê precisava de segurança e proteção!
Avaliação e preparo para novas estratégias
Os magos têm muito a nos ensinar – a não ser omissos em relação à verdade, a não compactuar com o mal e a traçar outro rumo. Por vezes, insistimos em uma só via. Como ano terminando é hora de avaliar os trajetos percorridos e os métodos empregados. Podem até ter sido eficazes, mas, a ambição e a maldade de Herodes (do Príncipe deste mundo) ameaça nossa tranquilidade e coloca em risco o que tanto esperamos. Pode sacudir nossos sonhos e derrubar nossa estabilidade, pode desejar matar e assassinar os projetos semeados que, por fim, estão brotando! “Há caminho que parece certo ao homem, mas no final conduz à morte”, Provérbios 14.12.
Então, está na hora de ouvirmos o Senhor e partirmos por novos caminhos, seja pisando pedras ou enfrentando novidades. O caminho precisará ser outro: mais oração, jejuns, clamores, arrependimento e contrição. Não abrir mão da presença por nenhum privilégio ou preguiça e rumar para o desconhecido afim de provocar em nós mesmos a mais desejada mudança, e nos outros, maior proteção e fidelidade.
Este é o Deus cujo caminho é perfeito; a palavra do Senhor é comprovadamente genuína. Ele é um escudo para todos os que nele se refugiam, Salmos. 18.30.