As crianças sempre passaram por situações de desrespeito, por rejeição, devido a sua pouca experiência, por necessitarem de acompanhamento, e por serem pequenas.
Desde os primórdios, as crianças foram colocadas em segunda ou terceira categoria. Não podiam se expressar e não podiam chamar a atenção.
Às crianças é necessário servir, promover o direito mais básico de vida e de saúde. É necessário serem cuidadas, e ganharem o direito de crescer em segurança e em ambiente de proteção.
Algumas pessoas no tempo de Jesus já eram preocupadas com as crianças e desejavam que elas fossem abençoadas. Levaram-nas até Jesus e Ele lhes impôs as mãos e as abençoou. Mas, os que eram próximos de Jesus se irritaram com a presença dos pequeninos. Talvez, como as crianças de hoje, fizeram barulho, e queriam atenção. Talvez, elas quisessem colo e um cafuné. Talvez desejassem ser elogiadas e receberem uma palavra de afirmação. Mas, os adultos que deveriam protege-las, diziam estar sendo prejudicados e então as repreendiam: “Sai pra lá!” ou “Você está atrapalhando”.
Crianças fazem barulhos, escalam paredes, sobem em árvores, e viram de ponta cabeça. Crianças falam sem pensar, tiram as coisas do lugar, e brincam. Criança saudável brinca muito.
Crianças são honestas, ainda não aprenderam a serem dissimulados como os adultos. Crianças são o que precisamos ser: puros e simples.
Crianças precisam estar pertos de Jesus, também precisam de seu toque e de sua bênção. O lugar de criança não é num espaço de distrações para não atrapalhar os adultos: elas precisam ouvir e serem ouvidas.
O lugar das crianças é perto do Mestre, é participar de cerimônias com o seu jeito alegre e colorido, é de transitar onde a Palavra é ensinada, e estar à mesa da comunhão. Crianças precisam ter um lugar privilegiado e serem aceitas nos espaços onde há orações e cânticos.
Crianças gostam de aprender, sorriem com facilidade e estão, na nossa sociedade, carentes de afeto e abraços.
Colocar um pequenino no colo é um presente de Deus, ganhar um sorriso despretensioso e cheio de esperança tem um efeito curativo nos adultos acostumados com reclamações e chantagens egoístas.
Amar uma criança é dispor de um amor generoso, sem esperar nada em troca, sem saber o que aquela criança será e mesmo assim amar.
Então, que abramos o espaço até Jesus, deixemos os pequeninos passar, façamos um corredor e que possamos ceder a nossa vez. Jesus quer vê-las, quer tocá-las e quer abençoá-las, também através de nós, do nosso esforço, das nossas mãos e das nossas palavras de encorajamento, elogios e afirmações coerentes com a Palavra e com um coração transformado pelo Mestre.
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