Gravem essas palavras… Ensinem-nas a seus filhos… Andando pelo caminho, sentados à mesa… Para que tudo lhes prospere! (Conforme Dt. 11.18-21)
No mundo do Islã, as crianças aprendem a ler e a escrever no Alcorão. Aprendem a decorar e a recitar versos e mais versos. Enquanto crescem, vão sendo desafiados e aprender mais do livro que rege a sua religião. No mundo cristão, onde dizemos saber de Cristo e imita-lo, pouco se sabe da Bíblia. Cantamos bastante e isso é bom, mas recitamos pouco das escrituras sagradas.
Considero-me grata por ter vivido uma infância com Escola bíblica dominical, onde aprendíamos a decorar a Bíblia. Aprendi mais da Bíblia na infância do que no Seminário. Na adolescência, fazíamos debates bíblicos e a competição estimulava a conhecer mais da Palavra.
Temos várias Bíblias de várias versões em casa, temos a Bíblia na palma da mão, mas conversamos pouco sobre ela, consequentemente a nossa visão tem estado ligada ao nosso comodismo. Paramos de ler, de discutir, de conhecer, e de vivê-la.
Nossas crianças sabem muito de jogos online, de redes sociais, e quase nada ou nada da Bíblia. Davi e Golias, Sansão, e algumas histórias mais comoventes. Mas, a respeito do novo nascimento, do arrependimento e do evangelho, ficam a desejar.
A Bíblia fugiu da nossa casa, da nossa língua e do nosso coração. Por causa disso, naturalizamos o pecado, e nos conformamos com o pouco, achando que fazemos muito.
O que será das nossas crianças na juventude? O que será dos nossos jovens na velhice? Você tem orado por eles?
O texto de Provérbios 22.6 diz: “Ensina a criança no caminho em que deve andar e, ainda quando for velho, não se desviará dele”, mas se ninguém ensinar quando ainda criança, como faremos que não se desvie?Precisamos voltar as antigas práticas, ao cristianismo raiz, em que os pais se comprometem a “cristianizar” os filhos, ensinar a Bíblia, com leitura, devocionais e memorização.
Precisamos que os nossos filhos nos vejam lendo a Bíblia, estudando-a, e citando versículos durante uma conversa. A Bíblia precisa estar em nossos corações e em nossos lábios.
Essa não é uma tarefa para a “tia da igreja”, mas para as famílias cristãs, envolvidas e comprometidas com a propagação da Palavra de Deus para as demais gerações.
Parafraseando 2Tim. 3.16-17: Toda a Escritura é divinamente inspirada e útil para ensinar, corrigir, aperfeiçoar em justiça para que nossas famílias sejam perfeitas e plenamente instruída para toda a boa obra”.
Lídia Loback — 22/03/2022