Depois de quarenta anos de peregrinação, atravessando rio, comendo do Maná, dormindo em tendas, deixado toda uma geração pelo caminho, da morte de Moisés, finalmente Canaã.
Sabe quando a gente atravessa um vale longo, dificuldades que parecem serem eternas, lidando com conflitos, esperando o milagre, e caminhando para a promessa, e prestes a chegar onde buscamos por longos anos? Imagino que era assim que o povo estava.
Haviam colecionados histórias, milagres, vitórias, no meio de toda luta, e agora, finalmente estariam entrando na terra da promessa.
Ainda tinha um obstáculo: uma muralha grande, alta e reforçada. Os portões da cidade estavam trancados. Jericó estava numa defensiva completa para que se proteger.
Só os espias conheciam Jericó. Ninguém mais. Eles apenas viam muros.
Conforme a Palavra de Deus, rodearam a cidade, as trombetas soaram, o povo gritou e os muros caíram!
Imagino a sensação de conquista que invadiu aqueles corações acostumados a mudar de lugar, a estar pronto para levantar acampamento, agora, enfim chegavam ao Lar.
Como o povo de Israel não é raro andarmos em círculos. Somos vítimas da nossa própria ignorância e pecados. Desobedecemos, duvidamos e reclamamos. Andamos em montanhas de problemas e vales de solidão. Atravessamos corredeira, com partidas e chegadas e esperamos alcançar as promessas.
E, alguns de nós, estão à porta do local onde desejavam, e onde Deus plantou em seus corações, mas ao chegar ali encontramos muros altos e portas fechadas. E perguntamos: por que mesmo fizemos esse trajeto? Não seria melhor ter ficado lá? Pra que o esforço visto que não há possibilidade de entrar?
E a estratégia dada por Deus e caminhe em volta, todos os dias, com a arca da presença de Deus à frente, mantenha os postos de combate e no último dia, caminhe mais, em silêncio, está quase na hora, pois quando estiver obedecido, de acordo com a vontade de Deus, os muros cairão, e enfim poderemos tomar posse da lugar onde os nossos pés caminham.
Lídia Loback
03/04/2022