Para muitas pessoas não é raro se emocionar em filmes e chorar com o sofrimento alheio nas telonas, movidos pelos enredos e por todos os mecanismos de sons e cores, porém, vivemos um tempo em que é muito difícil se emocionar com a realidade. A dor do outro é, para nós tão alheia, tão pequena… Principalmente se o outro não tem status, não tem dinheiro e nem fama. Se esse “outro” não tiver “nada” para nos oferecer ele passa despercebido por nós, com lágrimas, com dores e com deficiências.
Num mundo onde o “outro” só tem valor se puder saciar alguns dos nossos pecados capitais, satisfazer nosso ego ou abrilhantar a nossa existência, não nos movemos com a dor do desamparado, do