Há uma frase de Russel Shedd, estudioso da Bíblia, que diz: “Nunca fale do amor de Deus sem falar de sua justiça“.
Essa frase contesta as versões utilizadas de um amor de Deus destituído de outros atributos como a justiça, argumentos muito utilizados na atualidade para trazer conforto aos que desejam o amor de Deus, mas não aceitam mudanças de comportamento.
Deus é Amor
Sim, Deus é amor. Ele enviou o Seu Filho para nos salvar do inferno. Deus nos ama incondicionalmente, mas o Seu amor precisa gerar em nós transformação. Do contrário é um amor desinteressado, não querendo um relacionamento com o ser humano. E Deus deseja o relacionamento. Agora, como se relacionar com um Deus que é amor, mas também justiça? A resposta está em 2 Cor. 5.14,15:
“Pois o amor de Cristo nos constrange, porque estamos convencidos de que um morreu por todos; logo, todos morreram. E ele morreu por todos para que aqueles que vivem já não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou”.
O texto fala de uma mudança. Somos constrangidos pelo Seu amor a viver de forma santa, e para viver a santidade é preciso morrer para nossos interesses e motivações egoístas!
Deus é Justiça
A justiça de Deus não O permite se relacionar com aqueles que não se converteram os seus caminhos; com os que vivem os prazeres da carne, e com os que justificam seu mau comportamento com respostas do tipo: Deus me ama assim mesmo. Sim, Deus nos ama como somos, mas Seu amor nos transforma dia após dia, se o permitirmos. Seu amor nos justifica para que Ele venha habitar em nós!
Deus abomina o pecado, não co-habita com o mal. O sacrifício de Seu Filho foi grande demais para ignorar nossa devassidão e escuridão. Deus nos quer na Luz! Que tenhamos um relacionamento sadio com Ele e com as pessoas. Aprendamos com a abnegação de Jesus e Sua entrega! Que sejamos perdoadores e também que subamos o degrau da santificação (sem a qual ninguém verá o Senhor – Heb. 12.14).
A verdade para hoje é: Deus nos ama, mas o Seu Amor não traz apenas para nós o cafuné, o colo, os presentes, a companhia e o êxtase espiritual. Ao mesmo tempo, seu Amor traz a justiça; passa as nossas obras pelo fogo e prova os nossos corações e caminhos. Será que ao final seremos aprovados? Seu amor é muito exigente?
Fica essa pergunta para esse dia. Aproximemo-nos de Deus e que possamos permitir uma regeneração interior e a transformação do nosso comportamento.
Lídia Loback – 30.05.20
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